ROAD TO SW #1

SouthWesterners, estamos a 2 meses do arranque do 'Heading SouthWest' 2023. Neste primeiro número do 'ROAD TO SW' o foco está num dos elementos mais estimulantes em ciclismo de estrada: as subidas! Apresentamos as 3 mais desafiantes que se encontram ao longo da rota. Destacamos também as datas-chave até ao arranque do evento e algumas dicas relevantes nesta 'fase do campeonato'. Acrescentamos, também, uma atualização importante quanto aos sectores 'sterrato'. 


serra açor / Selada das eiras

De acordo com o Strava, a subida 'Colmeal - Selada das Eiras' tem uma extensão de 9,95KM, um ganho de elevação de 437 metros e uma inclinação média de 3,8%. Não se tratam de dados que impressionem em termos de dificuldade, mas será o primeiro grande obstáculo montanhoso logo após os primeiros 60 quilómetros da rota, dando as primeiras indicações aos bikepackers em termos de forma física e sensações. Ao longo da subida, as vistas para as aldeias de Açor e Adela tornarão a escalada mais prazerosa. No topo, na Selada das Eiras, ponto de intersecção de várias estradas e caminhos, a paisagem não será certamente ignorada. A subida antecede a passagem pela casa do PPD, a fantástica calçada da Mata de Margaraça e a descida para o Vale do Alva.

serra da estrela / adamastor

Provavelmente o troço em subida mais temido pelos ciclistas em Portugal. Tem 9,05KM, 704 metros de elevação e 7,6% de inclinação média. Se as contas forem feitas a partir de Loriga, tratam-se de 12,46KM, 801 metros de escalada e 6,4% de inclinação. O maior desafio está nas várias centenas de metros em que o acumulado se mantém acima dos 14%, sentidos sobretudo nos últimos quilómetros. Contudo, o grande desafio do  'Adamastor' - no contexto do 'SouthWest' - está na perspetiva do que lhe antecede (a subida de Alvoco da Serra) e no que lhe sucede (a subida 'Sabugueiro - Mondeguinho'). Surgindo após 150KM montanhosos da rota, muitos bikepackers terão que decidir se enfrentarão "a besta" no final do primeiro dia ou no arranque do segundo.

arribes del duero / saucelle

Na verdade, estamos perante uma dupla ascensão em terras de 'nuestros hermanos'. A primeira - o 'Salto de Saucelle' - tem 6,19KM, 402 metros de ganho de elevação e uma inclinação média de 6,5%. A tarefa é animicamente facilitada através da panorâmica imponente sobre o Douro e peculiar cadeia montanhosa do Penedo Durão em território Português. Após breves minutos de relaxamento das pernas em pleno território das 'Arribes del Duero' surge 'La Molinera': 6,77KM, 286 metros de ganho de elevação e 4% de inclinação média. Não é tão exigente como a escalada precedente, mas o desgaste certamente que se fará sentir após 380 quilómetros de rota. Ao todo, aproximadamente 13KM de subida e 688 metros de acumulado.

update / / Sterrato

Após uma reflexão sobre o papel do 'Heading SouthWest'  no contexto do ultraciclismo nacional, em que o evento desempenha um papel relevante de introdução e entrada no mundo das ultra-distâncias para vários aventureiros, optou-se por reduzir, significativamente, a proporção de sectores de 'sterrato' na rota. Trata-se de uma medida que reduzirá o grau de dificuldade da experiência e que diminuirá o risco de problemas mecânicos. Assim, a rota terá previsivelmente - sujeito a uma última verificação e aprovação no terreno - um sector com cerca de 200 metros (que permitirá evitar um ponto negro de sinistralidade rodoviária) e um outro troço com 4,5 quilómetros que desempenhará a função de atalho. Ambos os sectores localizam-se no Alentejo (nos últimos 100 quilómetros da rota) e apresentam um perfil com declive praticamente residual. Os estradões alentejanos são um elemento característico da região e permitem uma maior imersão sensorial no contexto paisagístico local e enriquecerão a experiência HSW. Na edição do ano passado, num sector com seis quilómetros e com a passagem de 37 participantes, não se verificou qualquer queda/acidente e apenas um ciclista teve um furo. As transformações em questão não alteraram, de forma relevante, a quilometragem (1.100K) e altimetria (15.000M) calculada para a rota.

DICAS/info A 2 MESES

  • BILHETES COMBOIO CP / / Já é possível adquirir bilhetes de comboio online para o dia da sessão do briefing (3 de Junho às 16:30). Comprar online e com antecedência permite um desconto de 50%. Informações importantes: nos Comboios 'Intercidades (Serviço 'IC')' é possível transportar bicicletas sem serem desmontadas (à lugares/espaço para o devido efeito) e nos Comboios 'Alfa Pendulares' (Serviço 'AP') isso não é possível; deves adicionar no formulário de compra a opção 'Transporte de Bicicleta' (cada comboio transporta um número limitado de bicicletas / duas por carruagem); deves colocar como estação de destino: 'Coimbra-B'.
  • AINDA OS COMBOIOS / / No interior retira todas as malas/bolsas de bikepacking para se diminuir a pressão nos suportes que estão em contacto com as rodas. Se a tua chegada a Coimbra for madrugadora (nem todos conseguirão bilhetes para os horários mais favoráveis): aproveita o melhor que a cidade pode turisticamente oferecer, faz uma verificação mecânica de última hora numa bike shop (informaremos a Trouxa Bicla - localizada junto à estação - para estar em alerta), trata de questões logísticas relacionadas com o alojamento, alimenta-te bem, etc. Na chegada ao ponto final da rota, a Estação Messines-Alte encontra-se apenas a 12 quilómetros e com altimetria favorável. Neste caso, comprares atempadamente o bilhete de regresso é arriscado e poderás estar a dificultar o regresso de outro participante.
  • CAR SHARING / / Se planeias fazer a deslocação/viagem para Coimbra de carro e tens possibilidade e interesse em dar boleia a um participante (e à sua respetiva bike) 'apita' no formulário em baixo. É uma forma de se dividir as despesas. Nós faremos a ponte.
  • ACOMPANHANTES BRIEFING / / Será possível os acompanhantes dos participantes (dois no máximo) também estarem presentes na sessão de briefing. O 'ticket' terá um custo de 20€ por acompanhante e inclui também o lanche na Galeria de Santa Clara. Não obstante a possibilidade de estares acompanhado pela tua cara-metade/família/amigos, não te esqueças que a sessão de briefing é uma óptima oportunidade de interação com outros participantes e para se fazer novas amizades. Informarei, atempadamente, como poderás proceder para a reserva e compra destes 'bilhetes' para acompanhantes.
  • RESERVA ALOJAMENTO ROTA / / Apesar do manifesto do 'SouthWest' não mencionar nada contra, não é aconselhável a reserva prévia de alojamento ao longo do percurso. A imprevisibilidade é uma dimensão relevante num evento de ultraciclismo. Caso estejas atrasado em relação ao previsto, a sensação de pressão para se chegar a determinada hora a um local pré-reservado é desagradável. Há ainda o risco de comprometeres todo o plano de dormidas já pagas. É uma vantagem financeira a reserva prévia, mas o barato também poderá sair caro. Por outro lado, a tua performance/progressão até poderá ultrapassar as tuas expectativas e plano, sendo que assim estarás a condicionar o teu ritmo. 
  • SEGURO RESPONSABILIDADE CIVIL / / Em linha com o que é exigido pela legislação para manifestações desportivas, os participantes estarão cobertos por um seguro de acidentes assegurado pela organização, mas que não abrange danos provocados pelos participantes sobre terceiros. É aconselhável que tenhas também uma cobertura que inclua responsabilidade civil (como a proporcionada pela filiação na Federação Portuguesa de Ciclismo). Trata-se de uma boa prática e mecanismo que poderá atenuar as consequências resultantes de um acidente, nomeadamente durante as tuas pedaladas e treinos quotidianos.
  • VERIFICAÇÃO MECÂNICA/EQUIPAMENTO / / Idealmente a última verificação/revisão mecânica profunda não deverá ocorrer em cima das datas de um evento, pois há situações que poderão obrigar a um reajustamento mecânico. Sendo o 'SouthWest' uma aventura de ultra-distância, esta questão ganha ainda maior pertinência. O mesmo se aplica à utilização de equipamento de bikepacking e vestuário, que deverá ser testado em voltas/treinos longos. O que poderá resultar numa volta de meio-dia, eventualmente não funcionará num contexto de atividade mais prolongada e ao longo de vários dias.

  • FONTES INFORMAÇÃO / / Se és um novato nestas andanças (ou até mesmo um semi-veterano) deixamos algumas fontes de informação - em português - que poderão facilitar o processo de aprendizagem e aumentar os níveis motivacionais (todas da autoria de futuros participantes no Heading SouthWest). É provável que já conheças as referências, mas nunca é excessivo as recordar: endoo - podcast de endurance aventura, bikepacking e ultra-distância de bicicleta; Blogue ao Mundo em Bicicleta com relatos das aventuras do Tiago Neves. As redes sociais de ultraciclistas, que partilham as suas experiências em aventuras velocipédicas são igualmente uma fonte importante e inspiradora. Aqui fica uma lista de alguns nomes do panorama nacional. No campo internacional, a referência ao DotWatcher é inevitável. Destaque para a última roundtable sobre privação do sono e debate sobre a necessidade ou não de paragens obrigatórias em eventos de ultraciclismo. 

Datas chave

  • 04 MAIO / / ROAD TO SW #2   |   PARTILHA DO GPX DA ROTA, ADVENTURE-MANUAL E ROAD-BOOK
  • 27 MAIO / / ROAD TO SW #3   |  INFORMAÇÕES DE ÚLTIMA HORA / CONTACTOS 'NEXT OF KIN'
  • 03 JUNHO / / ACREDITAÇÃO E SESSÃO BRIEFING NA GALERIA DE SANTA CLARA (16:30 - 18:30)
  • 04 JUNHO / / O DIA D: PARTIDA DA PRAIA FLUVIAL DO REBOLIM (08:00 / 08:05)
  • 09 JUNHO / / DATA E TEMPO LIMITE OFICIAL PARA A CONCLUSÃO DA ROTA EM ALTE (23:59)

QUESTÕES/INFORMAÇÕES







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